No contexto da 17ª Cúpula dos BRICS, que ocorre no Brasil em 2025, os professores do curso de Relações Internacionais da ESPM Natalia Fingermann e Roberto Georg Uebel publicaram o artigo intitulado “Da Expansão à Dispersão: o BRICS e os limites da ação conjunta” no Boletim Lua Nova, um dos veículos de análise política mais respeitados do país, vinculado à USP.
A publicação integra uma série especial sobre o BRICS organizada em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da UnB, e oferece uma leitura crítica sobre os principais obstáculos enfrentados pelo bloco multilateral no atual cenário internacional.
No texto, os autores problematizam o papel do Brasil como presidente rotativo do BRICS em meio a um ambiente de fragmentação do multilateralismo, destacando três principais fatores de limitação para a ação conjunta:
🔹 As rivalidades históricas entre os membros, como China e Índia ou Irã e Emirados Árabes Unidos;
🔹 A participação direta dos países-membros em conflitos regionais de alta complexidade geopolítica, como Ucrânia, Gaza e Caxemira;
🔹 O frágil nível de institucionalidade do bloco, que dificulta respostas coordenadas e robustas diante dos desafios globais.
Apesar da ampliação recente do grupo – que hoje reúne 11 países e responde por 46% da população mundial e mais de 40% do PIB em PPC – Fingermann e Uebel apontam que a coesão política não acompanha esse crescimento econômico, e que o Brasil enfrenta dificuldades em construir consensos multilaterais duradouros.
O artigo também faz um resgate histórico da política externa brasileira desde os anos 2000, relacionando o atual contexto com o protagonismo do país no Fórum IBAS e nas primeiras cúpulas do BRIC, reforçando o contraste entre o passado articulador e os desafios atuais.
📄 Para ler o artigo completo, acesse o site do Boletim Lua Nova: https://boletimluanova.org/da-expansao-a-dispersao-o-brics-e-os-limites-da-acao-conjunta/