Projeto de Graduação Internacional – PGI

A emergência de uma nova realidade econômica global modificou as determinantes da competição, o que tem descortinado inúmeros desafios às empresas e aos governos. Pela ótica empresarial, verifica-se a conformação de estratégias direcionadas para ganhos de produtividade a partir da alocação de recursos em escala global, o que permite, nesse aspecto, caracterizar a internacionalização como fenômeno contemporâneo mais típico. Vários fatores das últimas décadas corroboram esta análise, tais como: i) o crescimento substancial do comércio internacional; ii) o aumento do investimento direto estrangeiro; iii) o papel central das empresas multinacionais como produtoras na economia global; e iv) a formação de redes internacionais de produção. Dessa forma, assiste-se ao intenso reordenamento dos fluxos produtivos, comerciais e financeiros internacionais, o que acaba por afetar a maior parte dos agregados macroeconômicos e das dinâmicas microeconômicas dos países, despertando os interesses dos governos, sejam eles de origem ou de destino, a contender por mercados, empreendimentos, recursos e tecnologias capazes de impulsionar e sustentar o crescimento de suas economias.

Diante desse contexto, é possível afirmar que a economia global está caracterizada por uma nova realidade que, pautada pela lógica da competição internacional, tornou a interdependência entre empresas e governos mais evidente, compelindo estes atores a requalificar suas relações e interações a partir da constatação de que seus desempenhos estão consideravelmente vinculados e mediados por interesses mútuos.

Como resultado, nota-se, de um lado, que a conformação e o sucesso das estratégias empresariais internacionais passam a incorporar a análise de risco para negócios internacionais, este, fundamentado em diversas condições associadas aos ambientes nacionais e internacionais. Por outro lado, os próprios governos, interessados nas dinâmicas empresariais internacionais visando promover melhorias de seus ambientes nacionais, iniciam forte aproximação e diálogo com atores de mercado, empenhados na formulação de políticas mais alinhadas e efetivas, quer para estimular a inserção internacional de empresas domésticas quer para atrair empresas estrangeiras.

Por conseguinte, é inevitável que novas competências profissionais sejam necessárias para a atuação profissional. Neste aspecto, merece destaque a Diplomacia Corporativa, descrita como o conjunto de procedimentos e ações desenvolvidos pelas corporações com a finalidade atender às exigências econômicas, institucionais, políticas e simbólicas de seus stakeholders, tanto no âmbito doméstico quanto no internacional. Trata-se da demanda por um novo perfil profissional que, de formação multidisciplinar, esteja preparado para atuar em vários contextos políticos, econômicos e culturais; disto emerge a necessidade de profissionais aptos a realizar análises, formular e implantar estratégias de relacionamento entre os mais variados grupos de atores interessados, de modo a implementar entre as corporações um posicionamento mais competitivo em escala global.

É nesse contexto que a ESPM, atenta a tais necessidades contemporâneas do mercado de trabalho, oferece o curso de graduação em Relações Internacionais que é pioneiro no País, porque focado na formação do Diplomata Corporativo, cujo projeto pedagógico foi elaborado para promover sólida formação teórica que, aliada a instrumentos técnicos de ponta, permite a seus egressos atuar de maneira competente nesse ofício. Ao longo de quatro anos de formação, este curso promove o desenvolvimento de um conjunto de ações e de projetos direcionados a algumas competências específicas e que são inerentes e imprescindíveis ao exercício da Diplomacia Corporativa.

A ESPM inova em seu projeto pedagógico para a conclusão do curso porque, diferentemente da tradicional monografia, implantou o denominado Projeto de Graduação Internacional (PGI). É que a opção pelo PGI pretende incorporar particularidades da área internacional corporativa, o que permite ao aluno expandir sua capacidade em dois importantes aspectos: i) desenvolver um ferramental específico para o diplomata corporativo e ii) consolidar competências analíticas e propositivas desenvolvidas ao longo de todo o seu período de formação. Dessa forma, a estrutura e proposta do projeto se assentam no desenvolvimento de três competências específicas, são elas: (i) análise multi-fatorial e multi-dimensional; (ii) elaboração de cenários; e (iii) formulação de estratégias de atuação, a serem trabalhadas em três partes interdependentes: a) Análise de Cadeia Global de Valor (PGI-I), b) Análise de Risco para Negócios Internacionais (PGI-2) e b) Estratégia de Internacionalização de Empresas (PGI-3).

O projeto da ESPM, portanto, busca oferecer aos seus estudantes de Relações Internacionais a oportunidade de desenvolver competências, habilidades e atitudes que os diferencem no mercado quando da atuação internacional em atividades relacionadas à Diplomacia Corporativa, conforme os parâmetros apresentados neste Manual, para elaboração do Projeto Internacional de Graduação (PGI).

1ª Semana Nacional do Design ESPM 2020

Evento online, aberto a todos os estudantes de graduação Nacional, egressos, professores, ensino médio (escolas parceiras) e interessados em geral. Nos três dias de